Sacerdote italiano alerta sobre o significado da festa do Halloween
Roma – Itália (Sexta-feira, 30-10-2015, Gaudium Press) O dia 31 do mês de outubro, para alguns, é considerado “o dia das bruxas”, ou simplesmente “Halloween”, nome da festa de origem pagã tradicionalmente celebrada em países de idioma inglês como os Estados Unidos e o Canadá.
Mas em meio às brincadeiras e fantasias diversas nesta época, existe um ocultismo por de trás desta festividade, de acordo com o Padre Aldo Buonaiuto, da Comunidade Papa João XXIII. O exorcista e coordenador de um serviço de ajuda às vítimas deste mal, também denominado como “conhecimento do paranormal” – referindo-se ao oculto -, fez recentemente um relato acerca de acontecimentos envolvendo o Halloween:
“Ligou uma mãe desesperada, que tinha descoberto as mentiras do filho, um rapaz excelente, sincero, que, de repente, mudou de círculo de amizades. Ela descobriu que o rapaz tinha profanado um cemitério. Eu falei com o rapaz. Por que você fez isso? E a primeira palavra foi Halloween. Chorando, ele me falou da forte persuasão dos novos amigos. No começo parecia tudo uma brincadeira, um jogo. Depois, ele descobriu que eles estavam agindo a sério; que todos eles acreditavam mesmo naquilo que estavam fazendo. E ele não conseguia se livrar deles”.
O episódio, conforme o Padre Aldo, considerado banal, revela como é fácil entrar nesses circuitos. Porém, “especialmente para um jovem, não é fácil sair deles, por vergonha, medo e tantas dinâmicas típicas dessa idade”.
Na Itália, o sacerdote promoveu o lançamento de seu livro, intitulado “Halloween: Lo scherzetto del diavolo” (A brincadeira do diabo – título livremente traduzido). A obra que ainda não se encontra disponível em português analisa aspectos históricos e sociológicos desse fenômeno.
Padre Aldo explicou em entrevista ao portal Aleteia que a típica frase “doçuras ou travessuras?”, no sentido oculto, significa “oferenda ou maldição?”, sendo de origem celta e usada em sacrifícios ao deus da morte para propiciar um bom inverno.
Para ele, “o Halloween continua sendo a festa mais importante dos satanistas, envolvendo ocultismo, esoterismo, magia, bruxaria”, uma vez que se caracteriza como “a obra insidiosa do diabo, uma rasteira indireta para derrubar suas vítimas”.
“As crianças de hoje nem sabem que existe a festa de Todos os Santos, mas sabem, porque isso é incutido até nas escolas, que existe o Dia das Bruxas – ou Halloween”, criticou.
Sobre a memória dos falecidos, celebrada pela Igreja Católica sempre no dia 2 de novembro como “Dia de Finados”, Padre Aldo disse que não se pode comparar com o Halloween, que “exalta o espiritismo, o mundo invisível ligado às forças demoníacas. O Dia de Finados está ligado à crença na vida eterna, na ressurreição do corpo. As religiões têm respeito pelos mortos. O Halloween não tem. Ele ultraja os mortos”.
Além disso, ele faz um alerta aos “foliões” e desavisados sobre a festa pagã: “quem se fantasia está de certa forma exaltando o reino do mal. Que pai quer ver seu filho de rosto desfigurado, sem os olhos, gotejando sangue? Qual é a diversão nisso? O que se esconde de verdade por trás desse fenômeno que leva a considerar esse tipo de coisa como normal?”.
Em sua opinião, o sacerdote e exorcista acredita que “a nossa sociedade não precisa de Halloween, de monstruosidade, de imagens agressivas e violentas do macabro e do horror”.
“Esta sociedade não precisa das trevas. Nossos filhos precisam da luz. Por que não oferecemos a eles a festa dos santos? Esta é que é uma beleza! É um grande desafio numa sociedade que se devota para coisas ruins para torná-las normais”, acrescentou.
Nesse sentido, o Padre Aldo aproveitou para fazer seu convite para que as pessoas, ao invés de festejarem o Halloween, preparassem festas temáticas sobre as vidas dos santos.
No final da entrevista, não deixou de fazer um apelo aos sacerdotes, professores e catequistas:
“Tenham a coragem de testemunhar a fé desses grandes heróis, os santos e beatos, que têm muito a transmitir para esta sociedade. Abram as portas das paróquias não para abóboras vazias, mas para festas belas! O Dia de Todos os Santos é uma grande oportunidade para sermos quem somos: filhos da luz!”, concluiu. (LMI)
Da redação Gaudium Press, com informações Aleteia
Deixe seu comentário